“Ver túmulos cheios nos causam dor, mas o de Cristo vazio é a nossa esperança”, afirma dom Genival na Vigília Pascal

Missa da Vigília Pascal foi presidida pelo vigário geral da Arquidiocese de Maceió na Catedral Metropolitana

Thiago Aquino / Pascom Arquidiocesana

Fotos: Wanderlan Velozo/Pascom Arquidiocesana

“Nesta noite santa, em que Nosso Senhor Jesus Cristo passou da morte à vida, a Igreja convida os seus filhos dispersos por toda terra a se reunirem em vigília de oração. Se comemorarmos a Páscoa do Senhor, ouvindo sua palavra e celebrando seus mistérios, podemos ter a firme esperança de participar do seu triunfo sobre a morte e de sua vida em Deus”.

Foram com essas palavras que Dom Genival Saraiva iniciou a Missa da Vigília Pascal, na noite desse sábado (03), na Catedral Metropolitana Nossa Senhora dos Prazeres, no Centro de Maceió.

A celebração iniciou em frente à porta da igreja com a bênção do fogo e do Círio Pascal, que representa Cristo Ressuscitado e permanecerá nas missas até Pentecostes. A primeira parte da Missa é marcada pelo ambiente escuro e as narrativas das leituras que apresentam em ordem cronológica o projeto de salvação para a humanidade.  No momento do Glória, que rompe o silêncio do tempo quaresmal, as luzes foram acesas e a Liturgia da Palavra seguiu com as leituras do Novo Testamento. A celebração também é marcada pela renovação das promessas batismais com a bênção e aspersão da água.

O presidente da celebração, Dom Genival Saraiva, vigário geral da Arquidiocese de Maceió, que completou 83 anos nesse sábado, lembrou que cada detalhe da Missa da Vigília proporciona um melhor entendimento dos planos de Deus.

“Alegra-nos esta celebração porque, como acompanhamos no canto do Exulte, é uma noite feliz, alegre e a liturgia confirmar esses sentimentos ao longo dos milénios da experiência do povo cristão. Encontramos em cada parte desta celebração uma linguagem própria  com elementos da natureza – as trevas, a luz, o fogo, a água. É a Liturgia nos colocando diante da história da salvação da criação até a ressurreição de Cristo, passando pelas marcas da história”, explicou.

Dom Genival relacionou a liturgia com os tempos vividos pela humanidade com a pandemia da Covid-19. “Meus irmãos, que tempos sofridos com os túmulos cada vez mais cheios, filas para cremação, túmulos abertos em cemitérios sem ter mais espaços suficientes, que tristeza. Somente com as forças de Jesus ressuscitado para enfrentarmos tudo isso. Vamos pedir como o Evangelho nos apresenta: o nosso irmão ou nossa irmã não está aqui, porque está em tuas mãos, em sua companhia, experimentando o teu amor de ressuscitado”, pontuou. “Isso sem dúvida nos dar um alento, uma esperança diante de todo sofrimento. Dia de Páscoa, em qualquer circunstância, nos traz alegria para enfrentar a dor e o sofrimento”, acrescentou.

A Missa da Vigília Pascal foi concelebrada pelo reitor da Catedral, cônego Severino Fernando, e pelo vigário, padre Augusto Jorge. A Pastoral da Comunicação transmitiu ao vivo a celebração pelas mídias sociais da Arquidiocese de Maceió e muitos fiéis participaram virtualmente. O arcebispo metropolitano, Dom Antônio Muniz presidiu a celebração às 21h na capela particular na Residência Episcopal.

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