Festa da Misericórdia reúne centena de pessoas no Santuário São João Paulo II e Santa Dulce dos Pobres

Marcos Filipe • Pascom Arquidiocesana

Dom Beto Breis preside Santa Missa – Fotos: Carlos Wilker • Pascom Arquidiocesana

Em um domingo marcado pela fé e devoção, milhares de fiéis se reuniram no Santuário da Misericórdia São João Paulo II e Santa Dulce dos Pobres, no bairro do Vergel do Lago, em Maceió, para celebrar a Festa da Misericórdia. A celebração, que aconteceu neste dia 7 de abril, contou com a presença de Dom Carlos Alberto Breis, Arcebispo de Maceió, padres, religiosos e leigos de diversas paróquias da Arquidiocese.

Padre Cosme Evangelista, responsável pela área pastoral Nossa Senhora da Guia e São Sebastião, destacou os desafios da organização da festa. “Os desafios foram grandes e os obstáculos também, mas a graça de Deus foi maior. Estamos desde julho do ano passado fazendo esse trabalho de evangelização na área, a recompensa são os valores da fé e a presença das pessoas”, afirmou.

Dom Carlos Alberto Breis, OFM., arcebispo metropolitano de Maceió, ressaltou a importância da Festa da Misericórdia. “É uma alegria estar aqui, esse chão tem as marcas de um santo, o Papa da Misericórdia, São João Paulo II. Seu pontificado é marcado por isso. Pessoas de diversos locais vêm celebrar e proclamar que Deus é justo, mas também é paciente e misericordioso”, disse o arcebispo.

Padre Adriano Vieira, um dos responsáveis pela revitalização do Santuário, apresentou ao arcebispo o projeto de revitalização do local. “Estamos há um ano e meio na revitalização do Santuário e iremos apresentar ao arcebispo o projeto para iniciarmos a obra”, disse padre Adriano.

Testemunhos de fé

Meirinha Leite, da equipe de Liturgia da festa, falou sobre a importância da participação da comunidade. “É uma festa significativa para nós que participamos do entorno do Santuário. A doação e a vontade de servir surge no coração de cada um”, afirmou.

Gabriel Soares, da Infância Missionária da Paróquia São Paulo Apóstolo, ressaltou o momento para sua fé. “Todo ano venho para cá e isso inspira a nossa atitude enquanto cristão”, disse.

Maria Emília, da Paróquia Nossa Senhora das Graças, também falou sobre o local e a relação com a sua vida. “Sempre venho ao Santuário e não deixo, aqui eu encontro a paz”, afirmou.

Deus não faz espetáculo no palco da história

O arcebispo metropolitano ressaltou que centenas de pessoas se reúnem, vindo de diversos lugares para proclamar que Deus é misericórdia.

“Primeiro lugar, ouvimos no Evangelho, assim como toda a semana na oitava da Páscoa, um relato de uma aparição de Jesus ressuscitado. Ele aparece ao seus discípulos e me faz recordar um cardeal italiano que disse: Deus não faz espetáculo no palco da história. Os relatos da aparição de Jesus, dizia este cardeal, sempre foram no entardecer ou no início da manhã. Em nenhum momento aparece dizendo: estou aqui ressuscitado com os anjos e serafins. Ele aparece discretamente, em um caminho para que ele seja reconhecido”.

Dom Beto disse que se Jesus tivesse aparecido na esplanada do tempo, em Jerusalém, todo mundo teria acreditado, mas não é assim que Ele faz. “Os discípulos de Emaús tiveram que caminhar 11km para reconhecer o Mestre no momento do pão partido. É um caminho”.

“Hoje ouvimos outra aparição e Tomé não estava com eles. Mas quando Jesus aparece, o apóstolo faz uma das profissões de fé mais bonitas do Evangelho: Meu Senhor e meu Deus. E convida a não olhar com os olhos da carne, mas com o coração. Ele está aqui? Sim, mas o vemos com coração. Quanto mais vivemos com intimidade, amizade, permanecemos com Ele, seremos capazes de reconhecer os sinais da sua presença, sem fazer show, sem espetáculo”, completou.

Reforçou que a misericórdia ultrapassa a justiça. “O que seria de nós sem esse amor de Deus? A justiça tem limite, a misericórdia de Deus é eterna. E que bom proclamar isso e dizer que Ele está no meio de nós”.

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